terça-feira, 18 de setembro de 2007

MUSICAS!!!


Musicas no http://www.myspace.com/luxuriadalingua gravadas em ensaio no estudio ( http://www.studio51.mus.br/ ). Novas informações e materiais de trabalho serão disponibilizados em breve.
POR TRÁS DE 2 DAS 4 MUSICAS DISPONIBILIZADAS:

Iracema e Aristeu

Faz jus a um dos reclamos de “Linguagem Banida” e da própria Luxúria da Língua. É uma tentativa de explicar de forma simples (e com isso traduzir), por meio de uma história cotidiana, o pensar e o agir dialético. Procura demonstrar como temos dentro de nós nossos contrários, como devemos sempre questionar nossas idéias e preconceitos, e como só a experiência real com o outro pode nos tornar seres humanos mais completos.
Linguagem Banida

É a música que melhor expressa toda a filosofia por trás da Luxúria da Língua. Precisamos entender melhor nossa linguagem; precisamos bem selecionar nossas informações para transformá-las em conhecimento comum; precisamos traduzir em formas mais simples nossas linguagens especializadas para renovar os laços sociais. Precisamos nos comunicar.

Autor: Vitor Blotta
Arranjador: Ivan Blotta
Intérpretes: Vitor Blotta (voz e violão); Ivan Blotta (contra-baixo e voz); Davi de Freitas (percussão e voz); Daniel Gagliardi (bateria)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

O Cd Vírus



O Vírus é um dos shows temáticos que a banda Luxúria da Língua, uma mistura de musica, filosofia, literatura e teatro, encena em suas apresentações.
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=17171
No entanto, o Espetáculo “O Vírus”, bem como outros shows temáticos da banda Luxúria da Língua, como “Diários do Sol”, “Os Três Magos” e “A Língua de Babel” fazem parte de um projeto maior, o Laboratório Cultura-Mundo mistura de oficina, show de expressão, convivência e criação espontâneas, por meio dos quais se torna possível a construçào de Espetáculos como os citados, porém de maneira coletiva, pondo um fim em diversas dicotomias, como palco-platéia, criador-consumidor, mestre-aprendiz, emissor-receptor, rico-pobre, sábio-ignorante etc.
O objetivo maior do Laboratório é se transformar num projeto itinerante de “inclusão social pelo simbólico”, somando-se a iniciativas como a educação não formal e os jornais comunitários. Entretanto, apesar de ter foco principal na atuação em comunidades com menor privilégio de acesso à informação, a classe média e a elite também devem ser contempladas, pois acredita-se que elas estão ainda mais marcadas pelas unilateralidades culturais que o projeto visa desconstruir.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

ARTE VISUAL do Cd "O Vírus" (em desenvolvimento)

“O Vírus” é uma sátira do programa Globo Reporter sobre o ataque de um vírus que causava alterações de comportamento em pessoas, animais e coisas, deixando-os desinibidos e imprevisíveis, e a empreitada de três cientistas para tentar entender e conter a epidemia, uma mistura literária de musica com filosofia para todos os gostos e idades.

ARTE VISUAL - são vídeos experimentais de imagens ( arquivos pessoais e fotos do site http://pro.corbis.com/ e www.google.com ), texto e efeitos. Editado no programa Windows Movie Maker e publicado no site http://www.youtube.com.

A DESCOBERTA


UNIVERSO LUXÚRIA

PRIMEIRO CASO

MATILHA


JOVEM INFECTADA


ALEMANZITA BRASILENA



CANTO DO BEM TE VI

EU QUIS CANTAR



RODA DE SAMBA



CIÊNCIA E O QUERER



GRUPO DE AMIGOS


COMPORTAMENTO ANIMAL



GATA BRANCA




EVOLUÇÃO ESTUDANTIL



MÍDIA MUDA

quarta-feira, 2 de maio de 2007

O Livro Musical - O Vírus ( em desenvolvimento)

“O VÍRUS”
(Livro Musical que acompanha o CD “O Vírus” – Mat. Extra)
A descoberta de um vírus raro e contagioso coloca em estado de perigo a comunidade de Barão Geraldo, distrito de Campinas, São Paulo. Seus efeitos ainda são pouco conhecidos. O que se sabe é que ele provoca bizarras alterações de comportamento em quem é infectado, seja ele humano ou animal. A primeira parte do corpo afetada é a língua, que se torna solta e abusada. Depois o vírus se alastra por todo o corpo, causando espasmos e riso incontrolável, além de atitudes e movimentos no mínimo estranhos.
O S.U.S.S.A. (Sistema Único e Secreto de Saúde da Administração) contratou um grupo de cientistas especializados para investigar o novo vírus e encontrar uma forma de contê-lo antes que se espalhe pelo país afora.
A equipe do Globo Repórter acompanhará o trabalho dos cientistas na busca de uma solução ao que parece ser uma das mais perigosas pestes já enfrentadas pelo homem. Seu nome científico é Tangus Lustus, mas a população local já a chama de a LUXÚRIA DA LÍNGUA.
Hoje à tarde...


UNIVERSO LUXÚRIA

A Luxúria do verso na língua do povo.
A língua do verso, a luxúria do novo.
A luxúria da língua, que une verso, novo, povo.
Quando versos se unem,
Universo.
Universo de som, som que não míngua.
Luxúria do som, luxúria da língua.
Luxúria, o verdor nas plantas,
o vigor da língua.
A incontinência animal
Num verso imoral.
a sensualidade
a libertinagem
o salto da língua
Viva.
Diante de tanto falar,
prestem atenção pra escutar,
a Luxúria da Língua.



O primeiro caso de incidência do vírus em animais foi detectado em uma Matilha de vira-latas, dentro de um matagal ao lado da residência do Sr. Gunther. Os cães pareciam enlouquecidos. Andavam lado a lado em marcha e latiam para o céu, profetizando sobre uma certa Onda Sonora que viria de outro planeta para conquistar a Terra.

Matilha

PERDIDOS
NO MEIO EM UM MATAGAL
DENSO
FECHADO...
E DE REPENTE...
LOBOS...
UMA MATILHA DE LOBOS BRANCOS
VINDOS DE OUTRO PLANETA.
PROFETIZANDO SOBRE UMA ONDA SONORA
QUE DOMINARÁ A TODOS!

Matilha é um novo planeta
Disseram que encontraram água por lá
Será um novo cometa
Ainda não tive chance, de desvendar
Ser irracional
É o ser humano, que mata a própria espécie
Nenhum outro animal... Se esquece
Habitat natural
A Terra perdeu esse fardo
Consciência artificial
Somos todos retardados

Mas a Matilha
Deve fazer
Com que nenhum de nós
Possa esquecer
Deve trazer a crise
E não só satisfazer
Deve impulsionar
O contra-poder

Matilha é o espelho de Guimarães
O olho cego de Camões
A pena de Machado
O Charuto de Azevedo
Matilha é um novo planeta
Disseram o Movimento
Vem de lá
Será um novo cometa
Que vai passar
Matilha é um novo planeta
Revolução musical
Evolução natural
Aqui é tudo de bom
Novas espécies de som

Mas a Matilha
Deve fazer
Com que nenhum de nós
Possa esquecer
Deve trazer a crise
E não só satisfazer
Deve impulsionar
O contra-poder



Outro caso internacional que alarmou a todos foi o de uma jovem que passou a viajar e a disseminar o vírus pelos quatro cantos do Mundo. Descobriram com ela que a Luxúria da Língua provocava um surto de coragem que, para a maioria, parecia mais é loucura.

Alemanzita brasileña

Ela viaja,
Ela vai, ela vem
Ela deixa marca
Su nombre es Verena
Ella es mi Alemanzita brasileña

Deutschland, Scotland, Viena
Ela faz a noite, ela rouba a cena
Mesmo assim, não fica contente
Se não viaja de corpo,
Ela viaja de mente

E às vezes me pergunto
Onde no Mundo ela deve estar
Talvez no fim da minha rua
Ou em algum lugar da América Latina

Agora vai subindo a Sierra at Tahoe
Transforma em neve o que era aqui barro
Descendo as verdes, as rojas e pretas
Curtindo cá negada a balada loca a noite inteira

Boarding and dancing
Ela tenta e vence
Cativa ativa quem vê pela frente
Só não assuste se
Se apaixonar de repente
E quando você cai em si
Ela pode já nem tá por aí
Pode estar rasgando o azul do céu
Ou solta no mar, como um barquinho de papel

Hey, Verena
Cê viaja, eu faço poema
No Japão, Ipanema
Es mi Alemanzita
brasileña
Ainda Alemanzita
brasileña
No Iraque, na Bahia
brasileña
Na Malásia, na Turquia
brasileña
Nova Iorque, Machupichu brasileña
Lá na neve ou no seu sítio brasileña
Nos dois pólos ou no Índico brasileña
No Atlântico ou Pacífico brasileña

Ainda Alemanzita brasileña brasileña
Es mi Alemanzita brasileña brasileña
Es mi Alemanzita brasileña brasileña


Outro animal analisado pelos cientistas foi um Bentevi que começou a perturbar as pessoas todos os dias, às seis horas da manhã, com um canto insuportável. Ele se dizia chamar Pavarotiví e que cansara da vida de pássaro. Queria ir para a Itália e tentar a vida como cantor de ópera. Sorte de todos que ficou só querendo. Para conter o vírus, os cientistas tiveram que sacrificá-lo, mas de alguma forma, seu canto ainda perturba o sono de muitos.

Eu quis cantar

Olhei, olhei, mas não vi
O relógio quebrou
O tempo parou e não vi
Quisera eu ser aquele bem-te-vi
Para te cantarolar de manhã
Entrar no teu sonho
Te ver espreguiçar...
Quem sonha hoje sou eu
Acordada e triste emudeço
Nada de Bem
Nada de Ti
Nada de Vi
Eu Quis Cantar

Olhei, olhei, mas não vi
O relógio quebrou
O tempo parou e não vi
Quem dera eu ser aquele bem-te-vi
Pra te cantarolar de manhã
Entrar no teu sonho
Te ver espreguiçar...
Agora quem sonha sou eu
Acordada e triste emudeço
Nada de Bem
Nada de Ti
Nada de Vi
Quem dera eu ser aquele bem-te-vi
Pra te cantarolar de manhã
Entrar no teu sonho
Te ver espreguiçar...
Agora quem sonha sou eu
Acordada e triste emudeço

Eu quis cantar...





A Ciência e o Querer

Dia noite, vai e vem
Toda aquela chatice
A mesmice convém

Seguindo a maré, sem saber se dá pé
Vagando sem rumo
Vaga-lume no escuro

De repente um anjo me parou
Me acendeu e me falou
Seu caminho está certo
É o mesmo que o meu

Quero te ter sempre perto
Só que não sei ao certo
Se há tensão em Ciência e o Querer
É essência em ciência o Poder

Será que devo ser mais egoísta
Materialista, individual
Tenho que doar mistério, não só verdade
Chega de certeza
Tenho também que fazer saudade

Rola uma fascinação
Sintonia, sedução
Só tenho que ser espeto
Não andar na contramão

Ahh...Por que não?
Como são bons esses tempos de “não sei não”
Eu entro na frente, passo por cima, espero tudo!
Eu vou decolar nesse avião
Eu vou decolar nesse avião



Os cientistas resolveram embarcar numa viagem para Santa Catarina e estudar um grupo de amigos que lá passavam o ano novo. Neles os sintomas eram gritantes. A Luxúria da Língua provocava insônia aguda.

Caindo pro sul

Chegando lá na casa, muita gente entra e sai
Só pra deitar um kitnet um murrinet até que vai
29, 30, 31 e sol nenhum
À noite todo branco, pai de santo, dropo um

Na virada a negada, inteira toda adoidada
Uma rolava na areia, outra dançava na bancada
A amizade fluía, a consciência travava
Numa noite dessa até gaúcho vira espada

O relógio zerô, a ampulheta virou
Podinventá um novo fim ou começar onde parou
No dia primeiro, deus Apollo acordou
Yemanjá sorriu, um presentinho me deixou

Eu vou ficar acordado a noite inteira,
porque a vida é muito curta pra passar na bobeira

Logo a 30 kilômetros ao norte do Sul
Paraíso perdido, Guarda do Embaú
Terra de anões e gigantes, pedras preciosas,

E as mulheres, meu Deus, só lindas e simpáticas

Um programa à tarde, uma balada na night
Subindo, descendo, ralando, rolando fight
Numa dessas meu sinhô, Marcelinha parô e falô:

“Gente, gente! Junta todo mundo! Vamu tirar uma foto!”

A ponte quebrou, galera caiu
Atrás de cachoeira, terminamos só no rio
Um rosto amassado, pé esquerdo luxado
Só um belo dum risoto prá deixar tudo acertado


Eu vou ficar acordado a noite inteira,
porque a vida é muito curta pra passar na bobeira



Depois de fracassar na contenção, os cientistas mudaram a estratégia. Retornariam à fonte do vírus, na busca da cura. Foi então que, de volta à fazenda Rio das Pedras, pesquisaram o comportamento de uma Raposa suspeita de infecção. Descobrir a causa do vírus era mais difícil do que saber quem vinha primeiro, o ovo ou a galinha.

A pose da raposa

VOCE JÁ REPAROU NO COMPORTAMENTO DE UMA RAPOSA?????????/

AO MESMO TEMPO QUE TE SEDUZ, TE ENGANA....

AO MESMO TEMPO QUE INDUZ, TE ESGANA.....

E ESSA RAPOSA PODE ESTAR EM QUALQUER LUGAR.....

NA SUA FAMILIA, NO SEU VIZINHO, NA SUA NAMORADA E ATÉ MESMO

NO SEU PROPRIO ESPELHO!!!


Eu vou te contar, a estória de uma raposa

Que nunca teve que roubar, os ovos do galinheiro

Só lançava a sua pose

De meia dúzia logo vinham doze

Só lançava a sua pose

De meia dúzia logo vinham doze


Desde cedo aprendeu, que o ovo vinha da galinha

Passava, cacarejava, botava, é só chamar que logo vinha

Só lançava a sua pose

De meia dúzia logo vinham doze

Só lançava a sua pose

De meia dúzia logo vinham doze


Entre mochas e bocas

Querendo sinto sua na minha

Me dando beijos de menina

Devassa, contida, pequena, morena, mulher



Raposa, chega de pose, é mais gostoso roubar um do que esperar doze



Foi descoberto no sótão da casa dos cientistas outro caso de infecção em animais. Uma gata branca se alojava há dias no local, fazendo barulhos estranhos e provocando os três pesquisadores, que tentavam pegá-la para estudo mas sem nunca conseguir.

Um simples olhar

Idéia:

Nosso coração é como um sótão. Às vezes encontramos nele coisas que, a princípio, não entendemos. Logo ficamos fascinados e fazemos de tudo para conhecer e entender essas coisas. Porém, quando tomamos coragem para agir e realmente abrir nossos corações, aquilo que nos fascinou às vezes não está mais lá. Por isso seguimos a vida nas linhas do coro do refrão.
A história que a canção narra realmente aconteceu. Depois, se transformou numa metáfora, para então simbolizar essa idéia.
Estava à tarde, sentado estudando
De repente ouvi alguém chorar
Parecia um bebê, uma criança
Um recém nascido louco por ar

Achei que vinha lá do vizinho
Ou de algum lugar do meu quarteirão
De repente senti bem mais perto
Vinha lá de dentro do meu tão sótão

A princípio fiquei com medo
De abrir o meu tão só sótão
E ver o que é que tinha lá dentro
Era uma gata branca olhando pra mim

Eu, vou dançar
Sem parar
Vou tocar
Sem pedir, vou só inspirar
Vou criar
Sem me preocupar
Vou curar
Vou ver o Mundo

Só num simples olhar

Desci a escada correndo
Um jeitinho eu tinha que arrumar
De trazer aquela gata pra mim
Sem pedir ia só inspirar

Esquentei um pequeno pratinho
De strogonoff no microondas
Preparei uma tigela de leite
Só faltou o brigadeiro e as bombas

Quando subi pra encontrá-la
A gata não estava mais lá
Então fechei todas as saídas
Pra ela nunca mais voltar

Eu, vou dançar
Sem parar
Vou tocar
Sem pedir, vou só inspirar
Vou criar
Sem me preocupar
Vou curar
Vou ver o Mundo
Só num simples olhar



Um fato novo surgiu durante as pesquisas. A Luxúria da Língua não afetava somente humanos e animais. O vírus começou a ser detectado em computadores, que vinham a liberar códigos de acesso, informações secretas de empresas e músicas, causando uma revolução no mercado. Nada mais era seguro. Nem mesmo desligar o computador.

Controle remoto


Idéia:
A música fala por si mesma. Uma crítica ácida mas humorística a toda cultura que tem se desenvolvido em redor do mais poderoso meio de comunicação já criado pelo homem. Ou deveríamos dizer, meio unilateral de informação?


Domingo, nada pra fazer
Acabo não sei porque
Ligando a TV

Pra ver o que
Na globo Schumacher de novo ganhar
Rubinho quebrar ou bater

No resto, só missa
Holerite cobiça
Pior que café da manhã
Só de ovo, canjica e lingüiça

Pelo IBOPE,
Logo começa a competição
Entre Leão Lobo, Ana Maria Braga,
O Gugu e o Faustão

Na Cultura, a última esperança
Só que saber de sexo de pingüim
Da Antártida me cansa


Eu não vou parar, não
De passar o Domingo inteiro
Sem ver televisão

Então por que
Ao invés de olhar pra TV
Olhe pra você
E me diz o que c vê

Do seu lado, sua filha
querendo brincar, seu filho jogar
Cachorro chorando pra entrar
A mulher pra passear

O Verbo, a Língua e o Som
Todos podem e devem fazer
Só depende de você

Então no fim
Não vem me dizer
Quem é que te faz
Quem é que te diz
O que é ser brasileiro


Eu não vou parar, não Contole Remoto
De passar o Domingo inteiro Controla você
Sem ver televisão


TV controla você?
Ou você que controla TV?



De volta aos laboratórios, após a grande pesquisa, os três cientistas concluíram que estavam lutando contra algo incontrolável. A Luxúria da Língua era uma realidade e cada um teria que se virar com ela. O pior de tudo é que eles perceberam que também tinham sido infectados pelo vírus e, num momento de extremo desatino, decidiram largar seus tubos de ensaio e montar uma banda. Viajariam, então, pelo Mundo mostrando com música como lidar com o vírus. Só precisariam agora de um bom nome...

ANÕES

DECIDIMOS SENTAR HOJE AO SOL....
DESCONGELAR NOSSOS PES
NOS TRANSFORMAR NUM TRADUTOR
DA PANJEIA
NA LINGUA DO SOM E DO SUOR
ESPERAR NÃO É VIVER EM VAO
HÁ PEQUENAS VIBRAÇOES
ESPERANDO PARA SERAM CAPTADAS
E TRANSFORMADAS EM PEQUENOS ANOEZINHOS
QUE ENTRAM NOS SEUS OUVIDOS
E BATUCAM NOS SEUS OSSINHOS

ELES CANTAM ASSIM......


Era um grupo de anões
Produtores musicais da terra
Tinham a missão de encontrar
Os tradutores dela

Saem no inverno
Quando todos procuram o Sol
E prestam mais atenção
Na energia natural
Cantando!

Em volta da Unicamp
Eles vêem grevistas gritando
Mas em volta de um gramado
Encontram seis amigos tocando

O sol, o sangue e o suor
Envolvem todos os seis
È quando nos seus ouvidos
Os anões entram de uma vez
Cantando!

Batucantam pulam dentro
E a melodia esquentam
Em sorrisos perceber
A profecia acontecer

A Música Natural
Envolvem os seis
É quando eles sentem
Pela primeira vez

Que o Sol compõe
Através de nós
No Ano novo Maia
Numa língua sem palavras

Cantando!

LINKS

MUSICAS DO CD " O VÍRUS "

http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=17171


MYSPACE

http://www.myspace.com/luxuriadalingua


Estudos sobre Literatura e Musica

http://www.ruckert.pro.br/texts/musicaeliteratura.pdf

http://www4.uninove.br/ulisses/inove/pdf/andrea_fernandes_8A3_20042.pdf

ROUSSEAU J.-J. - Carta sobre a música francesa, Ensaio sobre a origem das línguas.

http://www.unicamp.br/~jmarques/trad/ROUSSEAU-Carta_sobre_a_musica_francesa.pdf

http://www.hottopos.com/vdletras/anestesi.htm

Projeto 2007 - LABORATÓRIO CULTURA-MUNDO

Linguagem, música, artes plásticas, expressão corporal e gastronomia para a educação em direitos humanos.




PROBLEMAS GERAIS

- Os poderes e os perigos da Linguagem. A exclusão e a inclusão pelo simbólico.
- A alteridade como identidade (os problemas do outro).- A fome e a consciência limitada da pratica gastronômica em conjunto.
- O desconhecimento dos direitos humanos.

OBJETIVOS GERAIS

- Unir grupos e pessoas distintas para traduzir pela arte, a criação espontânea e a convivência pessoal à temática e os problemas relacionados aos direito humanos.
- Promover uma nova metodologia de ensino, apropriação, discurso e prática dos direitos humanos.
- Trabalhar a Linguagem artística e lúdica como uma alternativa aos modelos convencionais de ensino dos direitos humanos, tornando-os constituintes e transformadores da realidade.
- Defender a Cultura como espaço de convivência das diferenças e de diminuição das desigualdades.
- Possibilitar o diálogo e a transmissão de conhecimentos diversos com o uso da linguagem artística.
- Estimular a criatividade e a interação dos jovens com atividades que despertem o interesse para suas escolhas futuras.
- Trabalhar o extravasamento de problemas e emoções de todos os participantes.
- Capacitar atores sociais para, como multiplicadores das ações junto à comunidade e aos participantes, contribuir para a compreensão, disseminação e a prática dos direitos humanos.
- Documentar e diagnosticar problemas e necessidades relacionadas aos direitos humanos, compreendendo-os e sublimando-os na criação e apresentação de um ESPETÁCULO COLETIVO (possibilidade do participante levar sua obra para casa e divulgá-la).



METODOLOGIA GERAL

O conjunto geral das atividades consiste em convocar os jovens interessados para compor cinco grupos de estudo divididos entre: 1 - linguagem, 2 - música, 3 - artes plásticas, 4 - expressão corporal e 5 - alimentação, com o objetivo maior de montar um Espetáculo que conjugue as criações coletivas espontâneas dos grupos.Em linhas gerais, os grupos trabalharão:

1 – Criação e redação de roteiros e histórias, por meio de encontros periódicos para estudo de casos e sonhos (se possível, com o acompanhamento parcial das psicólogas) com a finalidade de elaborar o enredo do Espetáculo;

2 - Incentivar o talento que cada um dos jovens instrumentistas já com experiência possuem, bem como capacitar, por meio de oficinas, novos músicos para a trilha sonora do Espetáculo;

3 - Trabalhar artes plásticas, produções de figurino e cenografia, integrando e auxiliando a criação dos personagens e a ambientalização dos cenários;

4 - Desenvolver a expressão corporal e teatral dos jovens, adaptando e dando vida ao textos e às musicas;

5 – Desenvolver a consciência e a habilidade gastronômica e realizar o preparo de uma refeição, com os alimentos doados, para consumo no final do espetáculo.


SISTEMÁTICA GERAL DAS OFICINAS

As cinco diferentes oficinas dividirão os participantes em suas áreas de maior interesse, mantendo, porém, encontros gerais nos quais serão reafirmados os objetivos do projeto, compartilhados entre todos os feitos de cada grupo e dado encaminhamento à montagem do Espetáculo.Para cada oficina, serão convidados, sob a responsabilidade do coordenador geral, um especialista de cada área que tenha experiência no trato com jovens. A flexibilidade e a troca dos convidados dependerá da atividade específica a ser realizada em cada encontro das oficinas. O público alvo é toda a sociedade, com pessoas de todas as idades, e não somente áreas desfavorecidas economicamente, pois acredita-se que as elites estão ainda mais imunizadas de convivências reais do que as periferias. Espaços neutros (normalmente públicos) em que essas diferentes camadas sociais possam se encontrar com o mínimo de diferenciação possível é os mais visados para as oficinas.Despertando o interesse pela interpelação entre as artes (ex: formas de cultivo, aproveitamento, reaproveitamento, segurança e qualidade dos alimentos, tratamento e preservação das águas; saúde, preservação de doenças), e a busca do desenvolvimento humano.

MODELOS DE OFICINAS

Oficina de Criação Espontânea
Serão distribuídos instrumentos musicais, materiais artísticos, livros, materiais para documentação áudio visual e literária, além da disponibilização de espaço com equipamento necessário para o preparo da refeição para a platéia que se torna uma extensão do palco. Dentro de jam sessions de cada área artística, os convidados elaborarão rascunhos artísticos de criações que virão a compor o Espetáculo.

Terapia cultural
O quadro será a abertura de um espaço de expressão, normalmente um microfone, pelo qual algum convidado da platéia irá expor algum problema ou inquietação. Nesse momento, todos os membros dos grupos empreenderão no modelo jam session, criações espontâneas, que serão posteriormente desenvolvidas para comporem um Espetáculo.

Cultura Falada
O Laboratório terá convidados de diferentes áreas do saber, fazendo pequenas conversas sobre determinado tema.Parte das conclusões e palavras-chave do debate serão transformadas em versos de uma música, poesias, atuações e figuras plásticas. O objetivo é a tradução da temática em uma linguagem comum, facilitada pela música e pela arte, a ser posteriormente incorporada no Espetáculo.

Crônicas Culturais
Apresentação de shows temáticos da banda Luxúria da Língua como “O Vírus”, “Diários do Sol”, “Os Três Reis Magos”, “Língua de Babel” e o “O Julgamento” que servirão inicialmente como inspiração e demonstração do que o Espetáculo pode se tornar, passando a serem apresentações dos próprios Espetáculos.
MATERIAIS E CUSTOS

Esse tópico deverá ser detalhado no projeto específico de cada oficina, os quais serão apresentados de acordo com o encaminhamento das discussões com a entidade promotora sobre a estruturação do projeto geral.

LUXÚRIA DA LÍNGUA - RELEASE


A Luxúria da Língua nasceu em meados de 1998 ( Barão Geraldo, Distrito de Campinas/SP ), quando retornados de residência de dois anos na Califórnia, guitarrista, baixista e irmãos gêmeos Vitor e Ivan caíram no caldeirão de ritmo e alegria de seu velho amigo de colégio Davi. Tocando desde os dez anos de idade juntos, os irmãos se entrosaram de tal forma ao swing e à brasilidade do “homem-batuque”, que no final do ano tinham um CD com covers de Jimi Hendrix e sons próprios. Com dezessete anos tocaram pela primeira vez no bar Delta Blues, um dos mais requisitados bares de blues de Campinas, impressionando os mais experientes. Dali para frente vieram Cartoon (Souzas), Cervejaria do Galleria, Karambar (hoje Cabong) e inúmeras repúblicas de estudantes.
Após um período de maturação profissional e musical, a Luxúria da Língua resolveu se unir numa nova investida. Como a banda não seria sua principal fonte de renda, os integrantes decidiram colocar todos seus ideais musicais, culturais, políticos e sociais num projeto novo. Fariam, então, shows temáticos, contando estórias através da música, passando mensagens férteis por meio de sátiras da vida cotidiana. Atingiriam todas as idades num modelo “conceitual-popular” com o objetivo principal de conscientização sobre os poderes e perigos da linguagem, temperada por uma fusão do melhor do funk, jazz, samba, soul e do mais puro rock and roll.
A profusão criativa foi instantânea. Era uma música nova por semana. Pessoas saíam dos shows com as músicas e estórias na cabeça. Davam risada, mas também entendiam a mensagem.
Posteriormente, novos integrantes, mas velhos amigos, engrossaram o caldo da Luxúria da Língua. Daniel é para Davi o que Ivan é para Vitor. Um é precisão, habilidade e concentração, enquanto o outro é loucura, impulso e criação. Gustavo trouxe, com seu violino e sua poesia, a mistura do popular e do erudito, enquanto Getúlio ilustrava e costurava o som, com o teatro e a cultura do mito.
Em pouco tempo, a Luxúria saiu do quarto de ensaio para trazer a Campinas o 2º lugar no festival de novos talentos da Secretaria da Cultura de São Paulo, lotar como nunca o Bar Brix (Barão Geraldo – distrito de Campinas), participar do festival “F.E.I.A.”, da Unicamp, e fechar a festa de cultura popular Pati patapatá, além de aparição no programa “Fractal”, da Rádio Educativa (101.9 FM).
O resultado dos trabalhos foi a gravação do CD demo, “O Vírus”, uma sátira do programa Globo Reporter sobre o ataque de um vírus que causava alterações de comportamento em pessoas, animais e coisas, deixando-os desinibidos e imprevisíveis, e a empreitada de três cientistas para tentar entender e conter a epidemia, uma mistura literária de musica com filosofia para todos os gostos e idades.
Além de alguns shows em casas culturais de Campinas como o Espaço Garagem e o clube Dakitari, a imersão criativa trouxe repertório para novos cds temáticos, a elaboração de projetos paralelos de música e re-inserção sócio-culturais, como o Laboratório Música-Mundo e o Laboratório Cultura-Mundo, além de outros amigos e músicos colaboradores: Neto, com sua flauta e ritmos, acaba com a distância “cozinha-leads”, enquanto Vitinho e seu trompete transformam o que era um conjunto numa verdadeira banda.
No início de 2007, com os irmãos Blotta residindo em São Paulo, próximos ao também grande irmão Davi, a Luxúria da Língua pôde mais uma vez levantar vôo, com pequenos shows na Vila Madalena, num festival músico-cultural no sítio Montanari, em Munhoz (SP) - o "Munhozstock"-, em vídeos experimentais no revolucionario site YouTube e em estúdio para iniciar o que será o próximo CD da banda, o mito-épico contemporâneo "A Língua de Babel".

Um projeto futuro: Estruturar um espaço de criação e expressão coletiva que estimule toda a sociedade, por meio da arte e da convivência, a retomar seus potenciais de criatividade, sociabilidade, e cidadania ativa, atrofiados pela cultura unilateral, individualista e excludente da sociedade de consumo.
Alguns ideais: Disseminar a magia natural da música e das artes, estimular a imaginação e recuperar a capacidade das pessoas de sonhar novas formas de vida em comum.